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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO

Os primeiros colonizadores do Rio Grande do Sul:

 

     Segundo historiadores, o Rio Grande do Sul começou a ser colonizado somente após 100 anos do descobrimento do Brasil. Nosso estado era povoado por tribos de índios selvagens que habitavam as matas e as campinas. Cavalgavam em cavalos chucros e levavam uma vida nômade, isto é: não tinham lugar certo para morar, estavam sempre mudando de um lugar para outro. Sua alimentação básica era a pesca e a coleta de frutos silvestres, como também abatiam o gado chimarrão – gado chucro que viviam solto nas campinas – e também a carne deste servia de alimentação e era ingerida crua.
  Porém, os séculos passavam, um após outro, e o Rio Grande do Sul continuava o ciclo de seu desenvolvimento. Essa colonização, no início, foi feita por espanhóis e portugueses, mais tarde por alemães e italianos, este no século passado. Começavam a formar-se os primeiros povoados que mais tarde transformaram-se em vilas, e, com o decorrer do tempo em prósperas cidades. Umas cidades cresceram primeiro do que as outras principalmente as voltadas para o setor industrial, outras se desenvolveram mais tarde através do setor agrícola. Com a colonização foram doadas também, as famosas sesmarias (13.000 léguas), estas eram doadas pelo governo para pessoas que lhes prestassem serviços em revoluções, guerras e outras. Com o passar dos anos estas possessões de terras foram transformadas em famosas estâncias e mais tarde em fazendas, gerando riquezas aos seus proprietários de geração em geração. Porém, muitos perderam ou venderam suas terras passando para outros donos, isto também aconteceu no início deste século. É neste ponto que queremos chegar para iniciar o relato do “nascimento de Jóia”, que convém lembrar que no início não tinha ainda este nome.

 

Jóia e seus primeiros povoadores:

 

    No início deste século, mais precisamente no ano de 1916, os Coronéis: Joaquim Luís de Lima e Marcial Gomes Terra doaram terras aos senhores Antonio Mastella e Victorio Bernardi, que aqui se estabeleceram junto ao Lajeado Bonito – córrego que corre junto ao moinho – trazendo mais tarde suas famílias. Construíram casas simples e toscas, aproveitando para fazer tábuas com árvores que tiraram dos matos próximos ao local em que iam morar. A vida aqui no início foi dura e exigia muito sacrifício, como elas mesmas contavam mais tarde aos seus descendentes. Tudo era longe de recursos, não podiam ficar doentes, pois o médico e hospitais fiavam muito longe. Não existiam estradas, somente picadas, que eram caminhos abertos na mata por onde eles passavam a pé e a cavalo. Estes caminhos eram feitos a machado e a facão pelos próprios moradores.
Corria o ano de 1917. A 1ª Guerra Mundial abalava as nações que entraram neste conflito. O Brasil porém, prestou seus serviços nesta guerra com uma equipe médica para auxiliar os feridos. Mas, aqui neste ponto distante do país, nascia uma semente, que plantada com sacrifício e amor cresceria forte e geraria frutos de prosperidade e progresso através da luta permanente dos primeiros moradores, heróis muitas vezes anônimos desta história, até chegar no que Jóia é hoje – uma cidade que está se projetando para o futuro.

 

Construção do Moinho:

 

    Com o crescimento do povoado faz-se necessário a construção de um moinho ou engenho como era chamado pelos moradores, tocado com a própria água que corria em uma bica atrás do mesmo, tocando as rodas para moagem de farinha, cana, milho etc., pois a luz elétrica veio bem mais tarde para a vila. Os primeiros empregados do engenho foram: o senhor Ricardo Bazzan e o senhor Francisco Pinheiro. Mais tarde este foi comprado por Marcial Terra que foi proprietário por muitos anos. Hoje esta empresa pertence a família Poletto.
O farelo que sobrava nas moagens era aproveitado para a criação de porcos do moinho, assim como também para aves. A canjica era socada em pilões e muito apreciada nas refeições em família. As casas eram iluminadas com lampiões de querosene. As pessoas se adaptavam a tudo. Deitavam-se cedo para acordar também cedo, pois o trabalho era árduo nas roças, nas hortas e também nas lidas da casa. Tudo era plantado para a alimentação, criava-se também animais de corte e leite, aves, suínos e cavalos para o trabalho, passeio e transporte. Naquela época usava-se muito a aranha, a carroça, a carreta puxada por bois para transportar pessoas e mercadorias para as vendas e bolichos. A vida era simples como tudo o que possuíam. Faziam quase tudo o que possuíam como: mesas, cadeiras, camas etc. assim como objetos variados. Suas festas eram em família, pois os casamentos, aniversários, batizados eram festejados em casa. Mais tarde com a construção da Capela na Vila, as festas religiosas eram festejadas na mesma.
O vilarejo continuava crescendo e a população aumentava. As famílias se radicavam mais perto do riacho para poder abastecer suas casas com o precioso líquido, e, também sanar a sede dos animais domésticos. As roupas eram lavadas em tanques que se localizavam atrás do moinho.

 

Instalação da nova Sede:

 

    A sede de nossa atual cidade foi implantada na Esquina 21 de Abril, sendo na época elevada a 8º Distrito de Santo Ângelo. Esta foi recebida com muito carinho e honra pelos moradores. Contam as pessoas mais antigas que a nova sede deveria ser implantada em São Pedro do Pontão. Porém, devido a grande rivalidade existente na época entre famílias das duas localidades, a implantação da mesma acabou sendo no local acima citado.
Nesta época, Antonio Zardin, morador e pessoa de grande influência em São Pedro do Pontão, era adversário político de Antonio Mastella, correligionário do Senhor Marcial Domingos Terra. O fato aconteceu mais ou menos assim: no dia marcado para ser inaugurado o 8º Distrito, vieram da cidade de Santo Ângelo, as autoridades competentes para efetuar o grande evento. Porém, Antonio Mastella reuniu todo o pessoal disponível formando um piquete de cavalarianos para recepcionar tão importante comitiva no local onde hoje está instalada a Cotrijuí. Prepararam uma grande festa com churrasco e fogos de artifício. Assim que as autoridades chegaram foi realizada a cerimônia de implantação da nova sede, esta foi recebida com orgulho e entusiasmo pelos habitantes do local. Quando Antonio Zardin soube da troca, foi até Santo Ângelo tomar providências e reclamar os direitos da nova sede para São Pedro do Pontão. Depois de muita discussão os ânimos foram acalmados e estes entraram em um entendimento. Porém, uma exigência foi feita pelos moradores de São Pedro, a Paróquia da nova Sede deveria ser instalada nesta povoação. E assim foi feito para evitar novos conflitos e fazer com que voltasse a paz novamente aos lares Joienses.

 

Vila 21 de Abril – 2º Distrito de Tupanciretã:

 

    Como sabemos o curso da história não para. Os próprios homens fazem com que esta se modifique através do passar do tempo, com seus feitos e modo de viver. Desta forma nossa sede foi crescente aos poucos e acompanhando este processo. Um exemplo está na famosa Brasilina Terra, a principal rua da nossa Cidade. Naquela época era apenas uma estrada estreita, por onde as carroças e carretas assim como os animais e pessoas passavam no dia a dia, pois era o único caminho de acesso para outras localidades. Esta estrada foi o marco inicial de comunicação entre os moradores, pois sua trajetória foi feita pelas rodas destas carretas que serviam de transporte aos mesmos.
Em 1928, houve a emancipação de Tupanciretã. Tendo o rio como limite, esta comunidade passa pertencer ao novo município desmembrando-se de Santo Ângelo. O novo distrito recebe a denominação de: 2º Distrito de Tupanciretã – Vila 21 de Abril -. Como o moinho estava gerando maior aglomeração na Vila, em 24 de maio de 1938, pelo Decreto Lei 10/12 do Município de Tupanciretã, a sede do novo Distrito transfere-se da Vila 21 de Abril para a Vila Nova. Ainda neste ano devido o clima de guerra, o lugarejo recebe o nome de Vila Inconfidência.
Corria o ano de 1944 e a segunda Guerra Mundial dizimava as nações européias refletindo esta crise em todo o mundo, e, gerando em conseqüência a imigração do povo europeu para outros países, como já havia acontecido antes. Devido a atuação selvagem de Hitler durante esta guerra, os imigrantes alemães sofreram perseguições inclusive no Brasil. No Rio Grande do Sul também ocorreram casos deste tipo. Em Jóia apesar da predominância de imigrantes italianos também havia famílias de alemães. Isto levou as autoridades municipais respeitarem a lei que proibia que colocassem nomes que lembrassem guerras e revoluções em Vilas, Cidades etc. Por este motivo foi mudado o nome de Vila Inconfidência para Vila Jóia.

 

Os primeiros comerciantes:

 

    Nesta época vários comerciantes já haviam se estabelecido aqui. O Senhor Fideles Fontana com sua sortida casa de negócios (1939), Otávio Valentine no Cará (1939), Jacob Vione, Fiorelo Fiori. Este último construía moinhos e colocou também uma fábrica de móveis, cuja energia era aproveitada para girar as máquinas, a própria água que corria em bicas atrás do moinho. O Senhor Fiorelo Fiorin, instalou também um bar (1954), o mesmo funciona até hoje no mesmo local, sendo hoje dirigido por seu filho o Senhor Izidro Fiorin. A estes se somaram os esforços de outros moradores como o Sr. Ângelo Casarotto com sua ferraria, Luiz Velentine proprietário de um armazém. Foi inaugurado também um Posto de Gasolina de propriedade da família Vione. O famoso moinho foi comprado mais tarde pelo Senhor Marcial Domingos Terra, hoje o mesmo pertence a família Poletto. E, a nossa cidade continuava crescendo. Todos unidos trabalhavam para o progresso e crescimento deste futuro município.
No interior, mais precisamente na localidade de São José, um próspero povoamento surgia. Os primeiros moradores foram: o Sr. Odorico Cerezer, que instalou naquele local um alambique de cachaça e uma casa de comércio. O Sr. Antonio Schwertz colocou uma serraria. Mais tarde outras famílias vieram residir nesta localidade como: Cláudio Dutra e família, Pedro Burtet e família, João Pereira da Silva e família, João Andreatta e família, Frankilin Fagundes Ribas e outros.
Nesta vila foi criado um Grupo Escolar Estadual recebendo o nome de: Escola Reunidas de São José. Construíram também uma capela que levou o nome do padroeiro do local – São José.
A comunidade de São Pedro do Pontão também se destacava no futuro município. Aproximadamente em 1885, recebendo direito de posse do governo. Estas terras foram doadas ao Senhor Salvador da Luz. Logo após surgiram outros posseiros como: Ernesto Gherino Casarotto, Batista Mauá, José Lubian, João Callai, Martin Quintilhano e Pascoal Ghisleni. Esse último como professor, começou a lecionar e também liderar a comunidade. Fundaram o núcleo com o nome de Pontão do Ijuizinho, este nome originou-se motivo a grande mata virgem existente na época às margens do Ijuizinho: Pontão de Mato.

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